Nesta quinta-feira (31), o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, avaliou positivamente a decisão do governo dos Estados Unidos de isentar quase 700 produtos brasileiros de tarifas impostas durante a administração de Donald Trump. Em entrevista, Haddad destacou que, apesar do progresso, o Brasil ainda está 'longe do ponto de chegada' e que muitas negociações serão necessárias para um acordo satisfatório.
O ministro observou que, nos últimos dez dias, houve uma 'abertura maior' e 'maior sensibilidade' da diplomacia norte-americana em relação aos argumentos brasileiros. Ele lembrou que a reversão das tarifas era esperada, especialmente para produtos como suco de laranja, café e carne, que poderiam encarecer para o consumidor americano.
Haddad enfatizou que a decisão dos EUA abre espaço para uma 'conversa mais racional' entre os países, mas alertou que nada está definido e que as condições podem ser revistas. Ele também defendeu a solidez das instituições brasileiras, afirmando que o Brasil é uma das democracias mais consolidadas do mundo e que questionamentos sobre o Judiciário devem ser tratados em fóruns internacionais, não por forças internas que, segundo ele, fragilizam o país.