O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou nesta quinta-feira (10) que a definição das alíquotas do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) é uma prerrogativa exclusiva do presidente da República. Durante entrevista promovida pelo Centro de Estudos da Mídia Alternativa Barão de Itararé, Haddad destacou que essa posição já foi comunicada ao Congresso Nacional, mas enfatizou a abertura do governo para dialogar sobre o assunto.
Haddad explicou que, além do IOF, outras taxas como imposto de importação e IPI também estão sob a alçada do presidente. Ele ressaltou a importância de manter uma relação institucional ativa com o Legislativo, afirmando que o governo nunca se afastou das mesas de negociação. "Nós estamos comprometidos com a responsabilidade fiscal e com o cumprimento das metas fiscais de 2025 e 2026", disse o ministro.
Ao abordar a reforma tributária, Haddad defendeu uma maior contribuição dos mais ricos, enfatizando que o governo busca ampliar a base de arrecadação sem sobrecarregar a população de baixa renda. Ele criticou a desigualdade na carga tributária, citando o exemplo de uma professora de escola pública que paga 10% de imposto de renda, enquanto indivíduos com rendimentos elevados não estão dispostos a arcar com a mesma porcentagem. O ministro reiterou que a justiça fiscal é necessária, mas não deve ser imposta sobre os mais pobres.