O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, defendeu nesta sexta-feira (4) a necessidade de revisão das alíquotas tributárias globais, com foco na ampliação da cobrança sobre os super-ricos. A declaração ocorreu durante uma plenária do evento que celebra os 10 anos do Banco Nacional de Desenvolvimento (NDB), conhecido como Banco dos Brics, realizado no Rio de Janeiro. Haddad ressaltou que a tributação internacional, já discutida no G20 do ano passado, deve continuar sendo uma prioridade entre os países.
O ministro destacou que os Estados Nacionais enfrentam restrições fiscais significativas, resultado da crise financeira de 2008 e da pandemia de COVID-19, que desorganizaram as cadeias globais de produção. Ele alertou sobre a concentração de renda que atingiu níveis alarmantes e a redução das alíquotas para os super-ricos, enfatizando a urgência de reverter essa tendência.
Haddad também criticou o sistema financeiro atual, baseado na convenção de Bretton Woods, sugerindo que ele precisa ser revisitado. Segundo ele, os desafios financeiros são cada vez mais globais e exigem uma abordagem ousada para serem enfrentados, especialmente com as novas demandas trazidas pela Inteligência Artificial e as mudanças climáticas, que devem ser tratadas como questões imediatas e não futuras.