O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, indicou nesta terça-feira (29) que o governo brasileiro busca estabelecer um diálogo respeitoso entre o presidente Luiz Inácio Lula da Silva e o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, em meio à iminente implementação de uma tarifa de 50% sobre as importações brasileiras, prevista para entrar em vigor em três dias. O anúncio da nova alíquota ocorreu em 9 de julho, mas até o momento, Lula não se comunicou diretamente com Trump.
Haddad destacou a importância de uma preparação adequada para que a conversa entre os líderes seja produtiva e respeitosa, evitando o que ele chamou de "vira-latismo". O ministro também mencionou que o vice-presidente e ministro da Indústria, Geraldo Alckmin, está à frente de um comitê que busca facilitar as negociações. Recentemente, senadores brasileiros visitaram os Estados Unidos, mas não conseguiram agendar encontros com representantes da Casa Branca.
Além de abordar a questão tarifária, Haddad criticou a postura do ex-presidente Jair Bolsonaro, classificando-a como "subserviente" em relação aos Estados Unidos. O ministro afirmou que o Brasil deve adotar uma postura mais assertiva nas relações internacionais, respeitando seus próprios valores. A crítica de Haddad se insere em um contexto de tensões comerciais, onde os Estados Unidos alegam que o Brasil tem adotado práticas protecionistas que afetam o comércio bilateral.