O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, reiterou nesta segunda-feira, 21, a defesa do sistema de pagamento instantâneo Pix, criado pelo Banco Central, em resposta a críticas do governo dos Estados Unidos. A declaração ocorre em meio a uma investigação americana que questiona o funcionamento do Pix, considerada por Haddad como uma reação desproporcional. "Reclamar do Pix é o mesmo que defender telefone fixo no lugar do celular", afirmou o ministro durante entrevista à Rádio CBN.
Haddad expressou surpresa com o desconforto gerado pelo Pix, considerando irracional tratá-lo como uma ameaça aos interesses dos EUA. A investigação se insere em um contexto mais amplo, que inclui a imposição de tarifas adicionais de 50% sobre produtos brasileiros, uma medida justificada pelo presidente Donald Trump com base em questões políticas, especialmente relacionadas ao ex-presidente Jair Bolsonaro.
Além disso, o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP) está sob investigação no Brasil por suas ações nos EUA, onde busca sanções contra autoridades brasileiras e anistia para os envolvidos em ataques golpistas. Haddad destacou que o sistema judiciário brasileiro está funcionando e que o Brasil mantém boas relações com outros países, não aceitando provocações infundadas. O ministro também comentou sobre especulações de uma possível exclusão do Brasil de sistemas internacionais de pagamento, afirmando que isso não estaria relacionado ao Pix, ao contrário do que ocorreu com a Rússia em função de sua guerra atual.