O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, destacou a necessidade de repensar a tributação sobre os super-ricos durante um seminário do Novo Banco de Desenvolvimento (NBD), realizado nesta sexta-feira no Rio de Janeiro. Segundo Haddad, as alíquotas que incidem sobre essa parcela da população diminuíram significativamente nas últimas décadas, resultando em uma concentração de renda alarmante.
O ministro apontou que, atualmente, 3.000 famílias acumulam uma riqueza de US$ 15 trilhões em um mundo com 8 bilhões de habitantes. Ele alertou que, sem iniciativas que promovam uma tributação mais justa, será difícil obter recursos necessários para enfrentar os desafios econômicos, especialmente com as mudanças no mercado de trabalho impulsionadas pela inteligência artificial.
Haddad também enfatizou que a discussão sobre a tributação dos super-ricos se torna ainda mais relevante em um contexto de deterioração fiscal dos países, agravada pela pandemia de Covid-19. O ministro concluiu que é imprescindível ousar em novas abordagens para garantir a sustentabilidade econômica e social.