O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou nesta segunda-feira, 28, que o Brasil deve avançar sem se deixar intimidar por ameaças internas ou externas, em uma declaração que pareceu referir-se ao tarifaço anunciado pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, a produtos brasileiros, que entrará em vigor na próxima sexta-feira, 1º de agosto. Haddad enfatizou a importância da colaboração para garantir o crescimento do país, projetando uma média de 3% ao ano.
Durante a cerimônia de sanção do projeto de lei que institui o programa "Acredita Exportação", Haddad destacou que o Fundo Monetário Internacional (FMI) revisou para cima a estimativa do PIB potencial do Brasil, que passou de 1,5% para 2,5%. O ministro acredita que essa taxa ainda é insuficiente para o potencial econômico do país.
O programa "Acredita Exportação" visa apoiar micro e pequenas empresas no comércio internacional, antecipando benefícios da reforma tributária e eliminando a cumulatividade que encarece as exportações. A medida prevê a restituição de 3% sobre as receitas de vendas ao exterior, podendo ser compensada com outros tributos ou ressarcida diretamente.
Haddad elogiou a iniciativa como um passo importante para desonerar investimentos e exportações, ressaltando que a antecipação das medidas beneficiará tanto pequenas empresas quanto grandes exportadores. O ministro também mencionou que outras ações estão em andamento para acelerar a reforma tributária em diversos setores da economia.