O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou nesta terça-feira (8 de julho de 2025) que o impasse sobre o aumento do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) não deve ser visto como um conflito entre o Executivo e o Legislativo. Ele destacou que assinou um decreto para elevar as alíquotas do IOF com o objetivo de combater a elisão fiscal e o planejamento tributário entre os mais ricos. Haddad enfatizou a importância de manter os instrumentos de governança nas mãos do presidente da República, que, segundo ele, está perdendo poder no atual cenário político brasileiro.
Durante uma entrevista ao site Metrópoles, Haddad criticou a falta de honestidade intelectual no debate público e reafirmou o compromisso do governo Luiz Inácio Lula da Silva em promover justiça tributária e crescimento econômico. Ele também mencionou que há tentativas de sabotar o crescimento do país e que o governo nunca se afastou das negociações sobre pautas fiscais, destacando sua disposição em dialogar com os congressistas.
O ministro também se referiu a declarações do ministro do STF, Flávio Dino, ressaltando que o sistema de governo brasileiro apresenta características únicas, resultando em uma interferência excessiva entre os Poderes. Haddad elogiou as medidas do Supremo Tribunal Federal que buscam delimitar as competências de cada Poder, a fim de restaurar a governabilidade no país.
Atualmente, o cenário do IOF permanece indefinido, uma vez que o ministro Alexandre de Moraes suspendeu tanto o decreto do Executivo quanto a medida legislativa que tentava revogar o aumento. Uma audiência de conciliação está marcada para o dia 15 de julho de 2025, onde as partes envolvidas buscarão uma solução para a questão.