O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, destacou a necessidade de um ajuste fiscal que não sobrecarregue apenas a população mais pobre, durante entrevista ao portal Metrópoles. Ele enfatizou que o 1% mais rico da população deve compreender a importância de um esforço coletivo para promover uma distribuição justa de recursos, considerando a atual situação de desigualdade de renda no Brasil, que figura entre as dez piores economias do mundo nesse aspecto.
Haddad criticou a resistência de alguns setores da elite, referindo-se à 'turma da cobertura', que, segundo ele, não aceita contribuir para o ajuste fiscal. O ministro questionou a influência desproporcional desse 1% na política nacional, ressaltando que este grupo paga menos impostos em comparação aos 99% restantes da população. Ele também provocou um debate sobre a percepção de divisão entre classes, indagando se a situação é realmente 'nós contra eles' ou 'eles contra nós'.
Além disso, Haddad mencionou que a discussão sobre a jornada de trabalho está em pauta globalmente e que o governo Lula busca melhorias nesse aspecto. O ministro reafirmou a urgência de um diálogo aberto sobre a necessidade de um sistema fiscal mais equitativo, que promova justiça social e desenvolvimento econômico sustentável.