O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, manifestou sua indignação em relação ao tarifaço imposto pelo presidente dos EUA, Donald Trump, que afeta as exportações brasileiras. Em entrevista ao jornal Estadão, publicada nesta quinta-feira (17), Haddad afirmou que o Brasil não deve ser sacrificado em favor de interesses pessoais, referindo-se ao ex-presidente Jair Bolsonaro, que, segundo ele, não tem contribuído para o bem do país.
Haddad também criticou o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, por defender Bolsonaro, classificando sua postura como 'abjeta'. O ministro ressaltou que a família Bolsonaro está mais preocupada com seus próprios interesses do que com a situação do Brasil, e que essa atitude é prejudicial ao país. Ele enfatizou que um líder não pode agir como 'vassalo de outro país'.
Além de abordar a questão das tarifas, Haddad destacou a importância da reforma tributária, que visa isentar o Imposto de Renda para quem ganha até R$ 5.000 mensais. Ele afirmou que essa reforma será um marco na gestão do presidente da Câmara, Hugo Motta, e que é fundamental para combater a desigualdade no Brasil. O ministro também negou que a campanha do governo seja uma luta entre pobres e ricos, defendendo uma justiça tributária que beneficie a população.
Por fim, Haddad garantiu que o governo Lula não considera a possibilidade de não superar as tarifas impostas pelos EUA, afirmando que essas medidas resultarão em aumento de preços para os consumidores americanos. Ele ainda fez uma observação bem-humorada sobre uma investigação dos EUA relacionada à venda de produtos na Rua 25 de Março, mencionando sua experiência de trabalho no país.