O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, classificou como "insustentável" a recente decisão do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, de impor uma tarifa de 50% sobre produtos brasileiros. Durante uma entrevista coletiva a veículos de mídia independentes, Haddad argumentou que a medida carece de fundamentação econômica e não deve perdurar no tempo.
Haddad destacou que o Brasil tem enfrentado um déficit de mais de US$ 400 bilhões com os EUA nos últimos 15 anos, o que torna a tarifa ainda mais problemática. Ele mencionou que, mesmo com tarifas anteriores de 10%, havia espaço para negociação, e enfatizou que a nova tarifa impactará setores estratégicos como o agronegócio e a indústria, citando especificamente o suco de laranja e a Embraer.
O ministro também atribuiu a escalada da tensão comercial a uma suposta ação deliberada da família do ex-presidente Jair Bolsonaro, afirmando que essa estratégia visa desviar a atenção de processos judiciais em andamento. Haddad se mostrou confiante na capacidade do Brasil de reverter a situação, ressaltando a tradição diplomática do país e as negociações em curso com diversas nações.
"A resposta do governo será institucional, buscando parcerias e entendimentos com os EUA", afirmou Haddad, que concluiu a coletiva com a esperança de que as relações entre os dois países possam se restabelecer em um clima de cooperação e respeito mútuo.