O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, se manifestou na manhã desta quinta-feira, 31, sobre a sanção imposta ao ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), afirmando que a medida é resultado de "má informação" sobre a democracia brasileira. Haddad também criticou a atuação de aliados do ex-presidente Jair Bolsonaro nos Estados Unidos, que, segundo ele, têm prejudicado as relações bilaterais.
A sanção, anunciada na quarta-feira, 30, pelos Estados Unidos, foi aplicada com base na lei Magnitsky, que permite punições a estrangeiros acusados de graves violações de direitos humanos. O indiciamento de Jair Bolsonaro foi um dos principais fatores que motivaram a decisão americana, conforme informações veiculadas pela imprensa.
Haddad destacou que o Brasil é signatário de acordos internacionais que protegem os direitos humanos e possui um judiciário independente. Sobre a recente tarifa de 50% aplicada a parte da pauta exportadora brasileira, o ministro afirmou que as decisões tomadas não podem ser revistas, mas reiterou a intenção do governo de manter um diálogo construtivo com os EUA, apresentando argumentos técnicos para buscar um resultado mais favorável.
O ministro também mencionou que uma nova reunião com o secretário do Tesouro dos EUA, Scott Bessent, está prevista para ocorrer em breve, enfatizando a necessidade de continuar o trabalho para melhorar as relações comerciais entre os dois países.