O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou nesta quinta-feira (24) que a pressão para taxar o sistema de pagamentos instantâneos Pix, criado pelo Banco Central, remonta ao governo Jair Bolsonaro e agora é reforçada por interesses dos Estados Unidos. Em entrevista à Rádio Itatiaia, Haddad destacou que a insistência em tributar o Pix não é do interesse do governo brasileiro, que busca manter o sistema gratuito para os usuários.
Haddad lembrou que, em 2020, o então ministro da Economia, Paulo Guedes, havia defendido a criação de um 'microimposto' sobre transações digitais, mas a proposta não avançou. No governo Lula, a Receita Federal intensificou a fiscalização sobre transações em bancos digitais e fintechs, o que gerou controvérsias e levou a especulações sobre a taxação do Pix, forçando o governo a recuar.
O ministro também criticou a investigação dos EUA sobre o Pix, comparando-a a uma tentativa de taxação. Ele ressaltou que o sistema, que já é aceito em diversos países sem custos, foi desenvolvido com tecnologia estatal e não visa enriquecer empresários. Haddad finalizou afirmando que o Pix é uma inovação brasileira que não deve onerar os usuários, mas sim beneficiar a economia nacional.