O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou nesta quinta-feira (10) que a "extrema direita" deve corrigir os danos causados ao Brasil, referindo-se ao deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP). Durante sua declaração, Haddad destacou que há evidências de que Eduardo atuou contra os interesses nacionais ao apoiar a imposição de tarifas de 50% pelos Estados Unidos sobre produtos brasileiros.
Haddad enfatizou que misturar ideologia com economia é inaceitável e que a atuação do filho do ex-presidente Jair Bolsonaro em solo americano, celebrando a decisão tarifária, é uma ameaça à soberania nacional. O ministro declarou que não é necessária uma investigação formal para perceber que Eduardo Bolsonaro está "declaradamente" agindo contra o Brasil e que essa situação deveria indignar a população.
O ministro também ressaltou a importância de buscar uma solução diplomática com os Estados Unidos, que anunciou as tarifas em parte devido ao tratamento dado ao ex-presidente Jair Bolsonaro. Haddad argumentou que a sobretaxação não se justifica economicamente, considerando que o Brasil teve um superávit comercial com os EUA desde 2009, e que a medida prejudicará setores como o agronegócio e a indústria paulista.
Por fim, Haddad expressou a intenção de manter boas relações com os Estados Unidos, apesar das tensões atuais, e mencionou que existem alternativas não tarifárias a serem consideradas para evitar impactos negativos nas relações comerciais. O ministro reafirmou que o governo brasileiro busca soluções que não afetem os interesses de ambos os países, visando a continuidade do comércio bilateral.