O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, expressou severas críticas à família Bolsonaro em resposta à ameaça do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, de impor uma sobretaxa de 50% sobre as exportações brasileiras. A declaração foi feita durante uma entrevista ao Estadão/Broadcast, na qual Haddad questionou: "Nós vamos sacrificar o Brasil por causa do Bolsonaro? Ele que devia estar se sacrificando pelo Brasil". A declaração de Trump, que menciona o julgamento do ex-presidente Jair Bolsonaro por tentativa de golpe, intensificou a preocupação do governo brasileiro com as repercussões econômicas.
Haddad também se manifestou sobre o apoio do governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, ao ex-presidente, considerando sua postura "abjeta" e defendendo a necessidade de centralizar as negociações com os Estados Unidos no governo federal. O ministro enfatizou que a divisão nas mesas de negociação poderia prejudicar os interesses econômicos do Brasil, sugerindo que a diplomacia deve ser conduzida de maneira unificada.
Além disso, Haddad ironizou o deputado Nikolas Ferreira, mencionando a investigação americana sobre o sistema de pagamentos Pix, que o deputado criticou anteriormente. O ministro destacou que a situação atual exige uma postura responsável e coesa, e que a extrema direita brasileira deve compreender as consequências de suas ações, que podem afetar negativamente a economia nacional. Ele concluiu que a prioridade deve ser a proteção dos empregos e do bem-estar do país, em vez de interesses pessoais ou políticos.