O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, anunciou que nesta semana serão apresentadas ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva opções para mitigar o impacto da tarifa de 50% sobre produtos brasileiros, imposta pelo presidente dos EUA, Donald Trump. Durante entrevista à rádio CBN, Haddad destacou que a ajuda aos setores afetados pode ser incluída nos planos de contingência do governo.
O ministro admitiu que o governo brasileiro já considera a possibilidade de a tarifa permanecer, uma vez que a implementação está prevista para 1.º de agosto. Haddad reiterou a prioridade do diálogo com os EUA, afirmando que, apesar de ter um plano de contingência, o Brasil não abandonará as negociações. Trump justificou a tarifa com razões políticas, ligando-a ao processo judicial contra o ex-presidente Jair Bolsonaro.
Haddad esclareceu que as medidas em estudo para apoiar os setores prejudicados não necessariamente envolverão gastos primários do governo, podendo incluir diferentes instrumentos de políticas econômicas. Ele mencionou que a Associação Brasileira das Indústrias de Pescados (Abipesca) solicitou R$ 900 milhões em crédito emergencial ao presidente Lula.
O secretário executivo do Ministério da Fazenda, Dario Durigan, informou que o plano já está elaborado, mas precisa da validação do presidente. Ele afirmou que o plano abrange medidas para proteger postos de trabalho e oferecer ajuda pontual a empresas, com prioridades sendo mapeadas por um comitê criado para discutir os efeitos da tarifa imposta pelos EUA.