O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, anunciou nesta terça-feira (29) que o governo brasileiro está preparando um plano para minimizar os efeitos das novas tarifas impostas pelo governo dos Estados Unidos, que entrarão em vigor em 1º de agosto. A medida, que estabelece uma tarifa de 50% sobre as importações brasileiras, poderá encarecer os produtos vendidos ao mercado americano, afetando diretamente empresários e trabalhadores do setor.
Haddad destacou que as propostas em estudo incluem auxílio a empresas e manutenção de empregos, mas ressaltou que todas as ações dependem da aprovação do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. "O Brasil estará preparado para cuidar das suas empresas e trabalhadores, mantendo-se na mesa de negociações", afirmou o ministro durante coletiva na sede do Ministério da Fazenda, em Brasília.
Questionado sobre a possibilidade de medidas semelhantes às adotadas durante a pandemia, Haddad indicou que existe um cenário favorável, mas enfatizou que a decisão final cabe ao presidente Lula. O ministro também minimizou a urgência da data de implementação das tarifas, afirmando que as negociações podem continuar mesmo após o início da cobrança.
A posição dos EUA, conforme declarado pelo secretário de Comércio, Howard Lutnick, é firme, e não haverá adiamento das tarifas. O presidente Donald Trump também reforçou essa determinação, indicando que o Brasil deve se preparar para as novas condições comerciais.