O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, manifestou a expectativa de que o Supremo Tribunal Federal (STF) tome uma decisão rápida sobre o impasse envolvendo o aumento das alíquotas do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF). A declaração foi feita na terça-feira (15), após uma audiência de conciliação promovida pelo relator do caso, Alexandre de Moraes, que não resultou em acordo entre as partes. Haddad afirmou que 90% do decreto do governo é incontroverso e que a questão pendente diz respeito às operações de risco sacado, onde fornecedores recebem antecipadamente valores de bancos.
O decreto, que visava aumentar a arrecadação em R$ 12 bilhões, foi derrubado pelo Congresso em junho, gerando um conflito entre o Executivo e o Legislativo. A Advocacia-Geral da União (AGU) protocolou uma ação declaratória de constitucionalidade, levando Moraes a suspender as mudanças na cobrança do imposto. Haddad ressaltou que a desoneração do risco sacado favorece grandes empresas em detrimento das pequenas, uma vez que a operação é similar.
O ministro expressou otimismo quanto à decisão do STF, afirmando que as discussões realizadas podem levar a uma solução satisfatória. Ele destacou que não há mais reuniões agendadas e que todos aguardam a deliberação do relator. "É a minha expectativa, pode ser que eu me frustre", concluiu Haddad, enfatizando a importância da resolução para as necessidades do país.