A guerra tarifária iniciada pelo ex-presidente dos EUA, Donald Trump, tem gerado efeitos negativos significativos na economia global, incluindo aumento da inflação e desaceleração da atividade econômica entre os países envolvidos. Especialistas alertam que a imposição de tarifas comerciais cria uma falsa percepção de que a riqueza de uma nação está atrelada ao protecionismo, o que contraria princípios econômicos fundamentais. A ausência de concorrência externa pode levar a uma acomodação da indústria nacional, que se torna dependente de subsídios e proteção estatal.
Além disso, o aumento das tarifas torna as importações mais caras, elevando os custos para empresas e consumidores. Essa situação não apenas contribui para a inflação, mas também dificulta o desenvolvimento industrial, uma vez que o acesso a máquinas e tecnologias estrangeiras se torna mais restrito. A experiência do Brasil na década de 1980, quando o país adotou uma postura altamente protecionista e viu sua indústria atrasar em relação ao mercado global, serve como um alerta sobre os perigos do protecionismo.
Diante desse cenário, economistas recomendam que o Brasil evite a prática de tarifas recíprocas contra os Estados Unidos, enfatizando que o protecionismo pode ser um remédio que se volta contra o próprio país. A relação entre desenvolvimento nacional e livre comércio é amplamente reconhecida, e a adoção de políticas comerciais mais abertas pode ser fundamental para o crescimento econômico sustentável do Brasil.