A guerra na Faixa de Gaza, que se estende por mais tempo do que qualquer outro conflito na história de Israel, continua sem perspectivas de cessar-fogo. As Forças de Defesa de Israel (IDF) afirmam que a luta persistirá até que dois objetivos principais sejam alcançados: a libertação dos reféns e a remoção do Hamas do poder. O major Rafael Rozenszajn, porta-voz das IDF, destacou que não haverá paz até que essas metas sejam cumpridas, enfatizando a necessidade de garantir a segurança de Israel e a devolução dos reféns às suas famílias.
Rozenszajn, que nasceu no Brasil e é o primeiro porta-voz em português das IDF, criticou os dados de mortos divulgados pelo Hamas, que afirma que 56.000 pessoas perderam a vida no conflito. Ele questionou a veracidade dessas informações e apresentou dados da Autoridade Palestina, que indicam uma média de 6.500 mortes naturais anuais em Gaza. O major argumentou que, mesmo considerando os números do Hamas, a proporção de civis mortos em relação a combatentes é inversa ao que normalmente ocorre em guerras urbanas.
Enquanto isso, o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, se encontra em Washington para discussões com o presidente Donald Trump, onde a possibilidade de um cessar-fogo está em pauta. No entanto, Rozenszajn reiterou que, independentemente de uma pausa nos combates, Israel continuará a combater o Hamas até que o grupo perca sua capacidade de ameaçar o país. Ele descreveu a guerra atual como a mais complexa da história moderna de Israel, caracterizada por múltiplas frentes de combate e a utilização de táticas urbanas por parte do Hamas, que coloca civis em risco ao se esconder em áreas densamente povoadas.