Uma reunião do Grupo de Haia, composta por Colômbia, África do Sul e outros seis países em desenvolvimento, ocorreu entre os dias 15 e 16 de outubro em Bogotá. O encontro teve como foco a situação na Faixa de Gaza e a possibilidade de caracterizar as ações de Israel como genocídio. O professor de direitos humanos da London School of Economics, Alonso Gurmendi, destacou que a pressão do grupo pode facilitar o reconhecimento da Corte Internacional de Justiça (CIJ) sobre essa realidade, especialmente após a África do Sul ter movido uma ação contra Israel no órgão da ONU.
O Brasil anunciou sua adesão ao processo na última segunda-feira (14), mas ainda não se juntou formalmente ao grupo. Durante a reunião, os membros assinaram um comunicado que inclui medidas como um embargo de armas e produtos que possam ser usados em operações militares, além de rever parcerias com empresas israelenses nos territórios ocupados. Observadores como China, Irlanda e México participaram do evento, que visa pressionar Israel e proteger a atuação da CIJ.
O embaixador de Israel no Brasil, Daniel Zonshine, negou as acusações de genocídio e afirmou que o país busca evitar danos a civis. Especialistas em relações internacionais, como Monique Sochaczewski, consideram a iniciativa do Grupo de Haia positiva, mas questionam sua eficácia em pressionar Israel. A professora sugere que um cessar-fogo pode estar próximo, especialmente diante da crescente devastação em Gaza e das mudanças na opinião pública internacional em relação ao conflito.