Uma reunião do Grupo de Haia, composta por Colômbia, África do Sul e outros seis países em desenvolvimento, ocorreu entre os dias 15 e 16 de outubro em Bogotá, com o objetivo de discutir a situação na Faixa de Gaza e a acusação de genocídio contra Israel. O professor de direitos humanos da London School of Economics, Alonso Gurmendi, destacou que a crescente normalização dessa opinião pode facilitar o reconhecimento da Corte Internacional de Justiça (CIJ) sobre o tema. O Brasil anunciou sua adesão ao processo na última segunda-feira (14).
Durante o encontro, os membros do grupo, que inclui países como Brasil, China, Irlanda, México, Noruega, Espanha, Portugal, Líbia e Turquia como observadores, assinaram um comunicado propondo medidas contra Israel. As ações sugeridas incluem um embargo de armas e produtos que possam ser utilizados em operações militares, além da revisão de parcerias com empresas israelenses nos territórios palestinos ocupados.
Embora o governo brasileiro tenha manifestado apoio à iniciativa, não há previsão de adesão formal ao grupo. Especialistas em relações internacionais, como Monique Sochaczewski, afirmam que a pressão do Grupo de Haia pode ser insuficiente para impactar as ações de Israel, especialmente sem o apoio de potências militares significativas. A professora também sugere que um cessar-fogo pode ser iminente, dado o contexto atual da guerra, o que poderia alterar a percepção internacional sobre a situação em Gaza.