O grupo Belarusian Cyber Partisans, em parceria com o Silent Crow, reivindicou a responsabilidade pela sabotagem digital que causou o cancelamento de dezenas de voos da Aeroflot, a principal companhia aérea da Rússia, nesta segunda-feira. A intrusão teve um impacto significativo nas operações de viagem em todo o país, levantando preocupações sobre a segurança cibernética das empresas russas.
Os Cyber Partisans, conhecidos por suas ações contra o regime de Alexander Lukashenko na Bielorrússia, têm um histórico de ataques cibernéticos desde 2020, incluindo a desfiguração de sites de mídia estatal e invasões a sistemas de dados policiais. O grupo, que opera a partir dos Estados Unidos e conta com cerca de 30 membros, também foi responsável por ataques a infraestruturas críticas, como a Belarusian Railway e o complexo de fertilizantes Grodno Azot.
Por sua vez, o Silent Crow, um grupo menos visível, tem se destacado por ataques a instituições russas, incluindo bancos e empresas estatais. A empresa de segurança cibernética Bi.Zone classifica o Silent Crow como um grupo de motivação política, ativo desde 2022 e possivelmente ligado a hackers pró-ucranianos, em meio ao conflito entre Ucrânia e Rússia.
Embora a Reuters não tenha conseguido confirmar todas as alegações dos grupos, a porta-voz dos Cyber Partisans, Yuliana Shemetovets, negou qualquer colaboração com serviços de segurança ou inteligência estatal durante o ataque à Aeroflot. Especialistas em segurança cibernética alertam para o crescente risco de ataques direcionados a empresas russas em um cenário de intensificação do conflito na região.