Os 2.921 trabalhadores da limpeza urbana das empresas Terracom, Terra Santos Ambiental e PG Eco Ambiental iniciaram uma greve por tempo indeterminado nesta terça-feira (29) na Baixada Santista, litoral de São Paulo. A categoria reivindica um reajuste salarial de 7% e melhorias nos benefícios, após rejeitar uma proposta de 5,5% apresentada pelas empresas. A Justiça determinou que 70% do efetivo continue operando para garantir a continuidade dos serviços essenciais, como a coleta de lixo e a limpeza de ruas e praias.
As cidades de Santos, São Vicente, Cubatão, Guarujá, Praia Grande e Bertioga estão enfrentando a paralisação dos serviços de limpeza urbana. Apesar da greve, as empresas afirmam que as operações seguem normalmente, sem prejuízo aos municípios. A decisão de greve foi aprovada em assembleia realizada no dia anterior, após os trabalhadores considerarem insuficiente a proposta de reajuste.
Uma audiência no Tribunal Regional do Trabalho da 2ª Região, realizada na segunda-feira (28), buscou uma conciliação com uma proposta de 6% de reajuste, que também foi recusada. O vice-presidente do Sindicato dos Trabalhadores Rodoviários de Santos e Região, José Alberto Torres Simões, destacou que o pedido de aumento considera a inflação e um aumento real de 2%, essencial para a manutenção do poder aquisitivo dos trabalhadores.
As prefeituras das cidades afetadas foram contatadas e informaram que a coleta de lixo está sendo realizada normalmente, embora reconheçam o direito à greve. A Prefeitura de Praia Grande afirmou que os serviços estão sendo prestados conforme o contrato, enquanto a Prefeitura de Santos monitora a situação e notificou a empresa responsável para garantir a continuidade dos serviços essenciais. O descumprimento da ordem judicial pode resultar em multa diária de R$ 100 mil para o sindicato dos trabalhadores.