Funcionários da LCD Engenharia, terceirizada que presta serviços à Petrobras na Refinaria Presidente Bernardes, em Cubatão, estão em greve desde 9 de junho, reivindicando o pagamento de salários e benefícios atrasados. Em audiência de conciliação realizada na última terça-feira (8), a empresa comprometeu-se a efetuar os pagamentos até sexta-feira (11). No entanto, os trabalhadores continuam a protestar devido a demissões e atrasos recorrentes.
Durante a greve, cerca de 180 funcionários foram demitidos, restando aproximadamente 200 com contrato ativo. Os manifestantes alegam que a situação se agravou com a rescisão do contrato da LCD pela Petrobras, que anunciou que os trabalhadores serão realocados para outras prestadoras de serviços. Um dos demitidos, Paulo Henrique, criticou a postura da empresa e destacou que a demissão em massa durante a greve é ilegal, conforme a Lei 7.783/89.
Os trabalhadores se reuniram no Parque Anilinas e marcharam pela Avenida 9 de Abril, culminando em uma assembleia na sede do Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias da Construção e do Mobiliário de Santos (Sintracomos). Durante o encontro, foi discutida a possibilidade de bloqueio das contas da LCD Engenharia caso os pagamentos não sejam regularizados. Uma nova assembleia foi agendada para domingo (14), onde será decidido se a greve será suspensa, dependendo da regularização dos salários e do transporte para os funcionários.
Além das reivindicações salariais, os trabalhadores pedem que a Petrobras assuma a responsabilidade pelos empregos, uma vez que os serviços prestados estão diretamente ligados à estatal. A pressão sindical aumenta para que a petroleira utilize cláusulas contratuais que permitam o pagamento direto aos funcionários afetados pelos atrasos.