Uma greve nacional dos controladores de tráfego aéreo na França, realizada entre os dias 3 e 4 de julho, resultou em severos transtornos no transporte aéreo, coincidentemente no início da alta temporada de verão europeu. A paralisação, convocada por sindicatos do setor, levou ao cancelamento de mais de mil voos, afetando aproximadamente 500 mil passageiros, conforme informações da Direção Geral da Aviação Civil (DGAC).
Os aeroportos mais impactados incluem os de Paris-Charles de Gaulle e Orly, além de cidades como Marselha, Lyon, Nice e Toulouse, bem como os aeroportos da Córsega. Durante a greve, a aviação civil solicitou que as companhias aéreas reduzissem suas operações entre 25% e 50%, resultando em cerca de 40% das partidas suspensas em Paris na sexta-feira, 4.
Os terminais apresentaram longas filas e painéis repletos de voos cancelados, enquanto passageiros enfrentaram dificuldades para remarcar voos e obter reembolsos. A greve foi organizada por sindicatos como o UNSA-ICNA e o USAC-CGT, que reivindicaram melhorias nas condições de trabalho e na infraestrutura do setor aéreo francês, que, segundo eles, opera “no limite”.
O governo francês, através do ministro dos Transportes, Philippe Tabarot, classificou a greve como “inaceitável” devido ao seu impacto durante um período crítico. Embora a paralisação tenha terminado no dia 5, os passageiros ainda podem enfrentar atrasos e devem verificar o status de seus voos antes de se dirigirem aos aeroportos.