Os líderes da Grã-Bretanha, França e Alemanha assinaram um tratado de defesa mútua nesta quinta-feira, marcando um passo significativo na construção de novas parcerias de segurança na Europa. O primeiro-ministro britânico Keir Starmer e o chanceler alemão Friedrich Merz formalizaram o acordo, que visa fortalecer a cooperação econômica e militar entre as nações, em um contexto de crescente desconfiança em relação aos Estados Unidos sob a liderança de Donald Trump.
O pacto, denominado 'Tratado de Kensington', é o primeiro acordo bilateral entre Grã-Bretanha e Alemanha desde a Segunda Guerra Mundial. Na semana passada, Starmer e o presidente francês Emmanuel Macron também concordaram em coordenar seus arsenais nucleares, evidenciando a intenção de criar uma aliança mais coesa entre os três países. Além disso, os líderes europeus têm trabalhado juntos para apoiar a Ucrânia em sua luta contra a Rússia, especialmente com a diminuição do apoio americano.
A nova coalizão, que inclui a criação de uma sede formal em Paris, busca estabelecer um sistema de segurança europeu mais ágil e independente, capaz de responder rapidamente a ameaças externas. Analistas apontam que essa estrutura pode ser vista como um 'plano de emergência' para lidar com uma Rússia cada vez mais agressiva, caso a relação transatlântica continue a se deteriorar.
Durante a coletiva de imprensa, Merz destacou que a arquitetura de segurança europeia está passando por uma transformação sem precedentes, enfatizando a importância de garantir a liberdade e a segurança dos povos europeus. Esses esforços são também uma tentativa de reconstruir as relações diplomáticas e econômicas que foram impactadas pelo Brexit, refletindo um novo capítulo nas dinâmicas de poder na Europa.