Nesta sexta-feira (11), entrou em vigor o decreto do governo federal que estabelece a isenção do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) para carros compactos que atendem a critérios de sustentabilidade. A medida, que visa incentivar a venda de veículos menos poluentes, deve beneficiar cerca de 60% dos automóveis comercializados no Brasil. Para se qualificar, os veículos precisam emitir menos de 83g de CO₂ por quilômetro, ser compostos por mais de 80% de materiais recicláveis e ser fabricados no país.
Concessionárias em Belo Horizonte relataram um aumento significativo na demanda por informações sobre os novos preços dos carros populares, com estimativas de redução média de R$ 10 mil nos valores finais. Segundo Murilo Briganti, consultor do setor automotivo, a mudança deve impulsionar as vendas em até 30% até o final do ano. As montadoras já estão se preparando para atender à demanda crescente, com algumas concessionárias aumentando seus estoques.
Além da isenção do IPI, o decreto também introduz um novo sistema para o cálculo do imposto sobre veículos que não se enquadram na categoria de isenção. Essa mudança, que será implementada em 90 dias, poderá alterar as alíquotas com base em critérios como eficiência energética e nível de segurança. A alíquota base para carros de passageiros será de 6,3%, enquanto para comerciais leves será de 3,9%. A unificação dos critérios visa simplificar o processo de tributação e estimular a adoção de tecnologias mais limpas no setor automotivo.