Na última segunda-feira (28), a administração do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, anunciou uma nova diretriz que autoriza funcionários federais a persuadir colegas sobre suas crenças religiosas no ambiente de trabalho. A medida também permite a organização de grupos de oração fora do horário de expediente, ampliando as manifestações religiosas no funcionalismo público.
De acordo com Scott Kupor, diretor do Escritório de Gestão de Pessoal (OPM), os trabalhadores podem manter objetos religiosos em seus espaços pessoais e se reunir para expressar sua fé, desde que essas atividades não ocorram durante o horário de trabalho. Além disso, supervisores têm o direito de abordar subordinados sobre suas crenças, contanto que não haja assédio.
A nova orientação segue uma ordem executiva assinada por Trump em fevereiro, que visa eliminar o que ele considera um uso do governo contra cristãos. Em julho, o OPM já havia flexibilizado regras para que servidores pudessem ajustar seus horários para cumprir obrigações religiosas, como orações, em resposta a demandas por maior liberdade religiosa no ambiente de trabalho.
No Brasil, a presença de símbolos religiosos em prédios públicos foi considerada válida pelo Supremo Tribunal Federal em novembro do ano passado, desde que se manifeste a tradição cultural da sociedade, conforme argumentado pelo relator do caso, ministro Cristiano Zanin.