Analistas de mercado consultados pela Secretaria de Política Econômica (SPE) do Ministério da Fazenda estimam um déficit primário de R$ 72,107 bilhões para o ano de 2025, conforme divulgado no boletim Prisma Fiscal de junho, nesta sexta-feira, 11. Essa projeção é uma leve melhora em relação ao rombo de R$ 74,724 bilhões previsto em maio, mas ainda está distante da meta fiscal estabelecida para o ano atual. Os dados foram coletados até o quinto dia útil de julho.
O governo inicialmente planejava eliminar o déficit em 2024 e gerar superávit a partir de 2025, mas alterou suas metas fiscais ao enviar o projeto de lei de diretrizes orçamentárias (PLDO) ao Congresso. Agora, a meta para 2025 é de um resultado neutro, de 0% do PIB, ao invés de um superávit equivalente a 0,5% do PIB. Para 2026, a expectativa de déficit aumentou, passando de R$ 81,488 bilhões para R$ 89,374 bilhões, enquanto o governo espera um superávit fiscal de 0,25% do PIB nesse ano.
As previsões do Prisma também indicam um aumento nas receitas federais para 2025, que passaram de R$ 2,863 trilhões para R$ 2,878 trilhões, enquanto a arrecadação projetada para 2026 caiu de R$ 3,051 trilhões para R$ 3,048 trilhões. Além disso, a mediana das projeções para a Dívida Bruta do Governo Geral (DBGG) foi revisada, com estimativas de 80,00% do PIB para 2025 e 84,10% para 2026. O governo prevê que a DBGG atinja 84,2% do PIB em 2028, um aumento em relação às previsões anteriores que indicavam um pico em 2027.