O governo federal, através do Palácio do Planalto, orientou seus ministros a adotarem uma postura cautelosa em relação à recente decisão do Supremo Tribunal Federal (STF), que determinou a colocação de uma tornozeleira eletrônica no ex-presidente Jair Bolsonaro. A recomendação visa evitar discursos que possam ser interpretados como perseguição política, com ministros como Gleisi Hoffmann e Sidônio Palmeira atuando como porta-vozes dessa diretriz.
Gleisi Hoffmann, em uma ação direta, removeu um post de sua assessoria que fazia referência à operação da Polícia Federal, enfatizando a importância de tratar questões sérias com responsabilidade. Ela reafirmou que o governo mantém uma postura de sobriedade e respondeu a críticas de Tarcísio de Freitas, reiterando que Bolsonaro foi responsável por interferências ilegais nas eleições.
Por outro lado, o ministro Paulo Teixeira desconsiderou a orientação e fez uma postagem irônica sobre a situação do ex-presidente, que foi excluída posteriormente. Luiz Marinho também comentou sobre a operação, destacando que a tornozeleira eletrônica pode dificultar tentativas de fuga de Bolsonaro. Embora alguns membros do Partido dos Trabalhadores (PT) tenham celebrado a ação da Justiça, a liderança do partido prefere desviar o foco para discutir temas como justiça tributária e soberania nacional. A operação da Polícia Federal, autorizada pelo ministro Alexandre de Moraes, investiga declarações do ex-presidente que, segundo Moraes, comprometem a soberania do país.