Auxiliares do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) expressam preocupação com a possibilidade de novas sanções econômicas dos Estados Unidos contra o Brasil. A expectativa de medidas adicionais se intensificou após encontros entre parlamentares norte-americanos e membros da Casa Branca, além da recente sanção imposta ao ministro do Supremo Tribunal Federal, Alexandre de Moraes.
Até o momento, o governo brasileiro não adotou uma posição oficial sobre o assunto, preferindo manter um discurso cauteloso e buscar canais de negociação. A entrada em vigor do aumento de 50% nas tarifas americanas sobre produtos brasileiros está prevista para 1º de agosto, o que agrava a situação.
Lula manifestou disposição para um diálogo telefônico com o presidente dos EUA, Donald Trump, mas não houve sinais de reciprocidade por parte do governo americano. Inicialmente, auxiliares acreditavam que as sanções poderiam estar ligadas a uma disputa geopolítica, mas agora o entendimento é de que Trump busca proteger o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), que enfrenta investigações eleitorais.
Enquanto isso, a família Bolsonaro comemora as sanções e afirma que as medidas só serão retiradas mediante uma anistia ampla. O governo brasileiro permanece em estado de alerta, tentando preservar o diálogo e evitar impactos negativos nas relações comerciais com os Estados Unidos, em um cenário de crescente tensão entre os dois países.