O governo brasileiro, liderado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva, se prepara para uma audiência de conciliação no Supremo Tribunal Federal (STF) nesta terça-feira (15), em meio ao impasse sobre o Imposto sobre Operações Financeiras (IOF). O encontro foi convocado pelo ministro Alexandre de Moraes, relator das ações que contestam a decisão do Congresso que derrubou decretos presidenciais que elevavam a alíquota do tributo.
Integrantes do governo, incluindo o presidente da Câmara, Hugo Motta, e os ministros Fernando Haddad e Gleisi Hoffmann, estão determinados a preservar a prerrogativa de Lula de editar decretos relacionados ao IOF. Embora haja a possibilidade de recuos em pontos específicos, como a redução do percentual do imposto, a manutenção da autoridade do Executivo na edição de decretos é considerada inegociável.
Além disso, o governo busca retomar negociações com o Congresso Nacional para garantir a continuidade de uma medida provisória que visa compensar perdas de arrecadação decorrentes da alíquota reduzida do IOF. A estratégia do governo é reforçada pela percepção de que a recente tensão com o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, fortaleceu a posição política de Lula, promovendo um sentimento de unidade no Brasil, inclusive entre setores como o agronegócio, que se opõem às tarifas impostas por Trump.
Os governistas acreditam que, ao adotar um discurso de justiça tributária, conseguiram reverter a imagem de um Palácio do Planalto