A ministra das Relações Institucionais, Gleisi Hoffmann, manifestou, nesta quarta-feira (30), seu repúdio à sanção imposta pelo governo dos Estados Unidos ao ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes. Em suas redes sociais, Hoffmann classificou a medida como um ato "violento e arrogante" e criticou a interferência de uma nação no Poder Judiciário de outra, afirmando que o governo Lula se solidariza com Moraes e o STF.
A sanção, que bloqueia bens e empresas de Moraes nos EUA, foi aplicada pelo Escritório de Controle de Ativos Estrangeiros (OFAC) e se baseia na Lei Magnitsky, que visa punir violadores de direitos humanos. O OFAC acusa Moraes de violar a liberdade de expressão e autorizar prisões arbitrárias, citando sua atuação durante a tentativa de golpe de Estado em 8 de janeiro e decisões relacionadas a empresas de mídia social.
Eduardo Bolsonaro, deputado e filho do ex-presidente Jair Bolsonaro, também se manifestou sobre a sanção, considerando-a um alerta sobre abusos de autoridade. Ele defendeu a necessidade de uma anistia ampla para restaurar a paz no Brasil. O advogado-Geral da União, Jorge Messias, afirmou que o governo tomará medidas para proteger a soberania nacional e a independência da Justiça, destacando a importância de não ceder a pressões externas.
A repercussão da sanção no Congresso foi intensa, com o líder do governo na Câmara, José Guimarães, chamando a medida de gravíssima e uma conspiração da família Bolsonaro contra o Brasil. Guimarães enfatizou que não se pode aceitar interferências estrangeiras na Justiça brasileira, reforçando a posição do governo em defesa da autonomia do STF.