O governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) manifestou sua indignação nas redes sociais em resposta ao tarifaço anunciado pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, que foi comunicado em uma carta endereçada a Lula. O conteúdo da carta, que alega um suposto déficit comercial dos EUA com o Brasil, foi contestado por dados oficiais que mostram o contrário. Lula e membros de seu governo enfatizaram a soberania brasileira e a necessidade de respeito ao país.
Durante a quinta-feira (10), perfis oficiais, incluindo o do presidente Lula e do Ministério das Relações Exteriores, publicaram mensagens destacando que "o Brasil é um país soberano" e que não aceitará ser tutelado por ninguém. O presidente Lula reforçou que a defesa dos interesses do povo brasileiro é um valor fundamental nas relações internacionais do país.
Além disso, o governo brasileiro ainda não anunciou medidas concretas em resposta ao tarifaço, mas Lula afirmou que qualquer aumento de tarifas de forma unilateral "será respondido à luz da Lei brasileira de Reciprocidade Econômica". O ministro da Secretaria de Comunicação Social, Sidônio Palmeira, também utilizou as redes sociais para criticar a postura de Trump e a aliança do ex-presidente Jair Bolsonaro com o líder norte-americano.
Na quarta-feira (9), representantes do governo brasileiro se reuniram com funcionários da embaixada dos EUA em Brasília, onde informaram que devolveriam a carta de Trump, considerando seu conteúdo "ofensivo" e "inaceitável". A secretária responsável pela América do Norte e pela Europa, Maria Luísa Escorel, foi quem comunicou essa posição aos americanos, reforçando a postura firme do Brasil diante da situação.