O governo federal, sob a liderança do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, anunciou que pretende contratar 3 milhões de unidades do programa Minha Casa, Minha Vida até o final de seu mandato em 2026, superando a meta inicial de 2 milhões. O aumento no subsídio para a entrada, a redução das taxas de juros e a criação de uma nova faixa de renda voltada à classe média são fatores que têm impulsionado essa expansão. Até o momento, 1,6 milhão de moradias já foram contratadas, representando 80% da meta original.
O Ministério das Cidades informou que a demanda elevada pode resultar em um novo aumento no orçamento do FGTS para financiamentos do programa, com a expectativa de disponibilização de mais R$ 10 bilhões, além dos R$ 126,8 bilhões já aprovados. A nova faixa do programa, que atende famílias com renda entre R$ 8.600 e R$ 12 mil, foi criada após a liberação de recursos do Fundo Social para habitação de interesse social, permitindo a inclusão de mais famílias no programa.
Os dados revelam que, até agora, foram firmados 2.961 contratos na nova faixa, com 10 mil propostas em análise e 571 mil simulações realizadas pela Caixa Econômica Federal. A faixa 1, voltada para famílias com renda de até R$ 2.850, contabiliza 710,9 mil unidades contratadas, enquanto a faixa 2, para rendas entre R$ 2.850,01 e R$ 4.700, teve 396 mil unidades. A faixa 3, que abrange rendas de R$ 4.700,01 a R$ 8.600, alcançou 427,3 mil moradias.
Os ajustes nas regras do programa em 2023, que incluíram a ampliação do subsídio para a entrada em até R$ 55 mil, foram fundamentais para facilitar o acesso das famílias à casa própria. O vice-presidente de Habitação de Interesse Social da CBIC, Clausens Duarte, destacou que essas mudanças eliminaram barreiras e abriram caminho para o crescimento das contratações, com a expectativa de que o número final de unidades contratadas ultrapasse 3 milhões até o fim do mandato de Lula.