Na última atualização do Sistema Integrado de Planejamento e Orçamento (Siop), datada de 4 de julho de 2025, o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) informou que já pagou R$ 1,583 bilhão em emendas. Este montante representa apenas 3,17% dos R$ 50 bilhões destinados para o ano de 2025. Desde 30 de junho, o valor empenhado aumentou de R$ 3,847 bilhões para R$ 5,616 bilhões, refletindo uma tentativa do governo de fortalecer sua base aliada no Congresso.
O empenho, que é a formalização da reserva de recursos do Orçamento para projetos propostos por parlamentares, busca mitigar a crise de relacionamento entre o Executivo e o Legislativo, especialmente após a rejeição do decreto que aumentou o Imposto sobre Operações Financeiras (IOF). A aprovação do regime de urgência para o PLP 41/2019, que revisa incentivos fiscais, indica a pressão do Centrão por maior controle sobre o Orçamento e uma resposta à insatisfação dos deputados e senadores.
Líderes do Congresso estão exigindo uma programação mais estruturada para a liberação de emendas em 2026, visando garantir apoio político em um ano eleitoral. Entretanto, essa demanda pode encontrar resistência do Palácio do Planalto, que já enfrenta pressões para reduzir gastos públicos. O governo precisa acelerar os pagamentos das emendas para evitar novas derrotas no plenário e assegurar a estabilidade política necessária para a implementação de suas políticas.