O governo federal, sob a liderança do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), lançou uma campanha que visa promover a "justiça tributária" e a isenção do Imposto de Renda (IR) para cidadãos que ganham até R$ 5.000 mensais. A iniciativa, que começou a ser divulgada nas redes sociais do governo em 18 de junho, intensificou-se com um vídeo do PT que contrapõe a situação dos pobres e ricos, utilizando inteligência artificial para ilustrar a desigualdade social no Brasil.
O vídeo, que circulou a partir de 27 de junho, retrata os "super-ricos" como homens de terno e gravata, enquanto os pobres aparecem com aparência abatida, carregando sacos com a palavra "imposto". A campanha culminou com a frase "Taxação BBB: bilionários, bancos e bets. Novo IR é justiça histórica. Justiça de verdade". Lula, em um evento em Salvador, reforçou a mensagem ao exibir um cartaz sobre a taxação dos super-ricos, enfatizando a necessidade de reduzir a desigualdade no país.
Entretanto, a proposta de "taxação BBB" enfrenta resistência no Congresso, e o governo optou por não adotá-la oficialmente para evitar conflitos políticos. A oposição, representada pelo governador de Minas Gerais, Romeu Zema (Novo), criticou a campanha, chamando-a de "blá-blá-blá" e acusando o governo de desinformar a população. Em resposta, a UPB, federação de partidos, lançou um vídeo que utiliza a mesma estética da campanha petista, mas com uma mensagem contrária, destacando a carga tributária e os gastos do governo.
A partir de 7 de julho, o PT planeja lançar novas campanhas para reforçar a narrativa de "pobres contra ricos", buscando aumentar a aprovação do governo, que atualmente enfrenta uma desaprovação de 56% entre os eleitores, segundo dados do Poder360. Além disso, a sigla criou um site para mobilizar apoiadores em defesa de suas propostas sociais.