O governo brasileiro, sob a liderança do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, anunciou que não elevará as tarifas de importação de produtos americanos que possam impactar a inflação no Brasil. A decisão foi confirmada nesta quarta-feira (30) pelo ministro da Fazenda, Fernando Haddad, que ressaltou a importância de aguardar as negociações com os Estados Unidos antes de qualquer ação mais drástica.
A estratégia do governo é focar em aumentos de tarifas apenas em setores que não afetem os preços internos, como a tributação sobre as grandes empresas de tecnologia. Apesar disso, uma ala do governo defende que a Lei de Reciprocidade só deve ser acionada após a confirmação de que os Estados Unidos não reabrirão as negociações.
Com a iminência da aplicação de tarifas recíprocas, o vice-presidente Geraldo Alckmin expressou otimismo em relação a um possível acordo com a administração Trump até a próxima sexta-feira (1º). Em reunião com representantes das big techs, Alckmin enfatizou que qualquer medida do Brasil dependerá da posição dos Estados Unidos, destacando a necessidade de um debate cuidadoso sobre a regulação do setor.
A equipe presidencial avaliou positivamente a decisão do secretário de Comércio dos EUA, Howard Lutnick, de enviar um assessor para participar de uma reunião por videoconferência, interpretando isso como um sinal de que o governo Trump pode estar disposto a retomar as negociações comerciais com o Brasil.