Às vésperas da implementação de tarifas de 50% sobre produtos brasileiros, anunciadas pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, o governo do Brasil, liderado por Luiz Inácio Lula da Silva, iniciou conversas informais em Brasília e Washington. As negociações visam mitigar os impactos econômicos que a medida pode causar, especialmente em setores que dependem da exportação para o mercado americano.
A Confederação Nacional da Indústria (CNI) alertou que a tarifa pode resultar em uma perda de R$ 52 bilhões nas exportações brasileiras, além de uma queda de 0,16% no Produto Interno Bruto (PIB) e o fechamento de 110 mil postos de trabalho. Em resposta, o governo brasileiro já enviou duas cartas ao secretário de Comércio dos EUA, Howard Lutnik, sem obter retorno, o que motivou a intensificação das conversas nos bastidores.
O ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira, confirmou que mais de dez rodadas de negociações foram realizadas e reiterou o compromisso do Brasil em buscar uma solução pacífica. Empresários têm solicitado ao governo que evite retaliações que possam agravar a situação econômica, enquanto especialistas sugerem que o Brasil deve diversificar suas relações comerciais, especialmente com a Europa e a Ásia, em vez de adotar uma postura de confronto com os Estados Unidos.