O secretário-executivo da Fazenda, Dario Durigan, anunciou nesta terça-feira (22) que o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) está analisando a possibilidade de oferecer auxílio a empresas brasileiras impactadas pela nova taxação de 50% imposta pelos Estados Unidos sobre produtos do Brasil, que entrará em vigor em 1º de agosto. Durigan afirmou que qualquer eventual socorro será implementado com o menor impacto fiscal possível e de forma pontual.
Durante entrevista a jornalistas, Durigan destacou que o governo está empenhado em reverter essa medida e que um plano deve ser apresentado ao presidente Lula até o início da próxima semana. Ele também mencionou que não há novidades sobre o envio de uma comitiva para negociar diretamente com a Casa Branca, mas que existe uma comunicação técnica em andamento entre os dois países.
O secretário classificou a taxação como um "ataque sem fundamento" e criticou forças políticas que, segundo ele, têm prejudicado o Brasil. Durigan também informou que um plano será elaborado para que o país possa responder e se proteger das medidas anunciadas pelos EUA. Além disso, ele negou a possibilidade de taxar grandes empresas de tecnologia como retaliação, afirmando que essa questão foi discutida apenas como um complemento para compensar o fim gradual da desoneração da folha de pagamento em 2024.
Durigan comentou ainda sobre o relatório bimestral de avaliação de receitas e despesas, que revelou a liberação de R$ 20,6 bilhões do Orçamento Federal de 2025. Ele alertou que os impactos da nova taxação serão avaliados no próximo relatório, programado para ser divulgado em 22 de setembro, enfatizando que a situação ainda precisa ser confirmada e verificada.