O governo federal, liderado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva, está desenvolvendo estratégias para proteger os empregos brasileiros diante da possibilidade de tarifas impostas pelos Estados Unidos sobre produtos nacionais. A medida, que poderá resultar em uma sobretaxa de 50%, será discutida até o dia 1º de agosto, caso não haja um acordo entre os países. Entre as ações em análise, está a facilitação de crédito para empresas exportadoras que podem ser afetadas por essas tarifas.
Flávio Roscoe, presidente da Federação da Indústria de Minas Gerais (Fiemg), participou de uma reunião com o vice-presidente Geraldo Alckmin, onde foram debatidas as possíveis medidas. Roscoe destacou a importância da redução e suspensão da jornada de trabalho, já prevista na legislação, como uma solução temporária para evitar demissões. No programa anterior, tanto o governo quanto as empresas contribuíam com um terço do salário dos trabalhadores, permitindo a redução da jornada sem a necessidade de demissões.
Além disso, Roscoe enfatizou a necessidade de garantir um mercado para os produtos brasileiros e sugeriu que o plano de contingência inclua medidas de defesa comercial, como antidumping e salvaguardas, especialmente para o setor de aço. O presidente da Fiemg também acredita que há espaço para negociações que visem a redução das alíquotas de importação de produtos americanos, considerando a complementaridade entre as indústrias dos dois países.
O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, anunciou que o plano de contingência será discutido com o presidente Lula na próxima semana. Entre as medidas em consideração está a criação de um fundo privado temporário para fornecer crédito às empresas afetadas pelas novas tarifas, demonstrando a preocupação do governo em mitigar os impactos econômicos dessa situação.