O governo federal, sob a liderança de Luiz Inácio Lula da Silva (PT), arrecadou R$ 3,8 bilhões entre janeiro e junho de 2025 provenientes de taxas sobre jogos de azar e apostas esportivas. Em junho, a arrecadação foi de R$ 764 milhões, conforme divulgado no relatório mensal da Receita Federal.
A recente Medida Provisória (MP) publicada pelo governo prevê uma receita total de R$ 31,4 bilhões para a União nos anos de 2025 e 2026, incluindo a ampliação da taxação sobre apostas. A equipe econômica do ministro da Fazenda, Fernando Haddad, estima que a nova cobrança poderá gerar R$ 1,98 bilhão até o final de 2026, sendo R$ 285 milhões em 2025 e R$ 1,7 bilhão em 2026.
A MP, que entrou em vigor em junho, aumentou a taxa sobre o Gross Game Revenue (GGR) de 12% para 18%. Em declarações recentes, Haddad classificou as apostas como um "problema de saúde pública" e sugeriu a necessidade de reavaliar a legalidade do setor. A Associação de Bets e Fantasy Sport (ABFS) criticou as afirmações do ministro, defendendo que o mercado é legalizado e regulado pelo Congresso.
Rafael Marcondes, presidente da ABFS, destacou em entrevista que o setor já contribui com diversos tributos, incluindo Imposto de Renda da Pessoa Jurídica (IRPJ), Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (CSLL), PIS/Cofins e Imposto sobre Serviços (ISS).