O governo brasileiro, sob a liderança de Luiz Inácio Lula da Silva, expressou preocupação com os efeitos econômicos da tarifa de 50% sobre produtos brasileiros, anunciada pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, nesta semana. A medida pode resultar em uma nova escalada inflacionária, especialmente devido à valorização do dólar em relação ao real.
Interlocutores do Planalto informaram que o cenário cambial estava favorável até o anúncio da sobretaxa, com o dólar recuando de R$ 5,68 para R$ 5,40 entre março e abril. Contudo, após a divulgação da tarifa, a moeda americana voltou a subir, alcançando R$ 5,62, revertendo os ganhos recentes e aumentando as preocupações sobre uma possível disputa comercial prolongada com os EUA.
O principal receio do governo é que a crise se estenda, resultando na saída de capitais de curto prazo e na diminuição do apetite dos investidores estrangeiros. A redução no Investimento Direto Estrangeiro (IDE) pode impactar negativamente o balanço de pagamentos do Brasil, levando a uma desvalorização do real e, consequentemente, a um aumento nos preços de alimentos, combustíveis e medicamentos.
Apesar dos riscos, especialistas afirmam que a balança comercial brasileira não deve colapsar imediatamente, já que as exportações para os EUA representam cerca de 12% do total. A equipe econômica do governo está trabalhando para mitigar os impactos da tarifa de Trump e evitar uma nova rodada de aumentos de preços nos próximos meses, buscando proteger a economia interna e o ambiente inflacionário.