O governo federal anunciou nesta quinta-feira (10) a regulamentação do IPI Verde, uma nova política de incentivo à indústria automotiva, durante cerimônia no Palácio do Planalto. O evento, que ocorrerá às 15h30, contará com a presença do vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Geraldo Alckmin. O programa, que visa estimular a produção nacional de veículos menos poluentes, prevê uma redução de até 7% no Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) para carros populares 1.0 flex fabricados no Brasil, com validade até o final de 2026.
Os benefícios do IPI Verde são direcionados a veículos com motor de até 1.0, que utilizam etanol ou gasolina e possuem potência inferior a 90 cavalos. Modelos como Fiat Argo, Renault Kwid, Citroën C3 e Chevrolet Onix de entrada estão entre os elegíveis. O corte de IPI também se aplica a pessoas físicas e jurídicas, incluindo locadoras de veículos. No entanto, carros 1.0 turbo e veículos elétricos não serão contemplados neste momento, uma vez que o foco é na produção nacional.
A expectativa é que a redução do IPI possa resultar em uma economia de até R$ 5.500 por veículo, com a possibilidade de que pelo menos 11 modelos atendam aos critérios do decreto. O governo espera que a medida ajude a reaquecer um setor automotivo que enfrenta desafios como queda na produção e aumento nas taxas de juros, além de melhorar a imagem do governo Lula, que tem visto sua popularidade diminuir. Apesar da renúncia de receita, o Ministério da Fazenda acredita que não haverá perda líquida de arrecadação, já que os incentivos devem ser compensados por um aumento na tributação sobre veículos mais poluentes.
