O Governo Federal brasileiro expressou preocupação com a investigação aberta pelos Estados Unidos sobre práticas comerciais relacionadas ao sistema de pagamentos Pix. A apuração, iniciada na terça-feira (15) pelo Escritório do Representante de Comércio dos EUA (USTR), foi anunciada pelo presidente Donald Trump em uma carta ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva, informando sobre a aplicação de uma taxa de 50% sobre as importações de produtos brasileiros, que começará a valer em 1º de agosto.
Ministros e parlamentares brasileiros reagiram com indignação à investigação, que é respaldada pela Seção 301 da Lei de Comércio dos EUA. O ministro da Casa Civil, Rui Costa, classificou a apuração como uma "intromissão absolutamente indevida" e destacou a necessidade de uma resposta serena e unida do Brasil. O governo também utilizou suas redes sociais para defender o sistema Pix, afirmando que ele é amplamente adotado e apreciado pela população brasileira.
A investigação é vista como parte de uma estratégia mais ampla de desestabilização política, com implicações diretas na economia e na credibilidade do Brasil no cenário internacional. O ex-presidente do PT, senador Humberto Costa, atribuiu a investigação às movimentações de aliados do ex-presidente Jair Bolsonaro nos Estados Unidos, sugerindo que a ofensiva americana visa prejudicar o governo atual e a economia popular do país.