O governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e a cúpula do Congresso Nacional se reuniram nesta terça-feira (8) na residência oficial do presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), para discutir o impasse sobre o aumento da alíquota do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF). A reunião, no entanto, não resultou em avanços concretos, segundo informações de participantes.
O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, reafirmou o compromisso do governo em convencer o Supremo Tribunal Federal (STF) sobre a constitucionalidade da elevação do IOF, que foi suspensa por uma decisão do ministro Alexandre de Moraes. Por sua vez, Hugo Motta destacou a falta de apoio no Legislativo para novas tributações, defendendo cortes de gastos como alternativa.
Durante o encontro, também foram expressas preocupações sobre críticas direcionadas ao Congresso nas redes sociais, que alguns parlamentares interpretaram como incentivadas por setores do governo. Motta enfatizou que ataques desse tipo dificultam o diálogo entre as partes. O governo vê o aumento do IOF como uma medida necessária para equilibrar as contas de 2025, mas a proposta já foi rejeitada pelo Congresso em junho.
Os próximos passos incluem uma nova reunião entre Hugo Motta e o presidente da Comissão de Constituição e Justiça do Senado, Davi Alcolumbre (União-AP), com líderes partidários nesta quarta-feira (9). O Planalto continua aguardando uma decisão favorável do STF para validar o aumento do IOF, enquanto a oposição se articula para manter a rejeição da proposta.