Na noite de terça-feira, 8 de julho de 2025, representantes do governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva e da cúpula do Congresso se reuniram para discutir o impasse em torno da suspensão das alíquotas mais altas do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF). O encontro, realizado na residência oficial do presidente da Câmara, Hugo Motta, não resultou em conclusões, mas evidenciou divergências significativas entre as partes.
O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, reafirmou o compromisso do governo em convencer o Supremo Tribunal Federal sobre a constitucionalidade da cobrança do IOF com alíquotas elevadas. Em contrapartida, Motta destacou a resistência do Legislativo a novos impostos ou ao aumento de alíquotas, enfatizando a necessidade de cortes de gastos como alternativa.
Participaram da reunião figuras-chave como Davi Alcolumbre, presidente do Senado, e outros ministros e líderes do governo. Na quarta-feira, 9 de julho, Motta e Alcolumbre planejam se reunir com líderes partidários para relatar o clima do encontro, embora não haja acordos concretos até o momento.
A discussão surge em meio a um contexto de tensão, após o Congresso derrubar um decreto presidencial que aumentava o IOF em 27 de junho. O ministro Alexandre de Moraes suspendeu os efeitos do decreto e da votação do Congresso, resultando em uma arrecadação de R$ 8 bilhões em junho, o maior valor mensal desde 2005. A expectativa é que a volta das alíquotas anteriores em julho cause uma frustração de receitas federais em cerca de R$ 2 bilhões.