Em Brasília, na terça-feira (8), representantes do governo de Luiz Inácio Lula da Silva e líderes do Congresso Nacional se reuniram para discutir a polêmica elevação do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF). A reunião ocorre uma semana antes da audiência de conciliação marcada pelo Supremo Tribunal Federal (STF), que analisará a legalidade dos decretos editados pelo governo e posteriormente derrubados pelo Legislativo.
O líder do governo na Câmara, José Guimarães (PT-CE), destacou que o encontro foi produtivo e ajudou a restabelecer o diálogo entre os poderes. Participaram da reunião os presidentes da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), e do Senado, Davi Alcolumbre (União-AP), além de ministros como Gleisi Hoffmann (Relações Institucionais) e Fernando Haddad (Fazenda).
O governo defende que a elevação do IOF é uma questão de justiça tributária, visando aumentar a taxação dos mais ricos para beneficiar a população de baixa renda. Em contrapartida, o Congresso argumenta que a medida representa um aumento de impostos sem a devida redução de gastos públicos. O STF, por sua vez, suspendeu tanto os decretos do governo quanto a decisão do Congresso, optando por uma conciliação entre as partes.
O presidente da Câmara, Hugo Motta, avaliou a reunião como positiva, mas admitiu que ainda não há uma solução definida. Ele sinalizou que novos encontros serão agendados para buscar um consenso sobre a questão do IOF.