Líderes partidários se reuniram com o presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), para discutir um possível aumento do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) em um patamar inferior ao proposto pelo Ministério da Fazenda. A negociação ocorre em um contexto onde o governo busca alternativas para reduzir a arrecadação do imposto para menos de R$ 5 bilhões, complementando sua necessidade de caixa com outras medidas tributárias.
Na última terça-feira, 8, a Câmara aprovou um projeto do deputado Mauro Benevides (PDT-CE) que prevê uma redução linear de 10% nos benefícios tributários. Os ministros Fernando Haddad (Fazenda) e Gleisi Hoffmann (Relações Institucionais) reafirmaram a intenção do governo de manter a legalidade do aumento do IOF, ressaltando que a discussão vai além de um ajuste pontual, envolvendo a prerrogativa do presidente em fixar as alíquotas do imposto.
Além disso, os líderes partidários sinalizaram a possibilidade de discutir a medida provisória enviada pelo governo, que inclui propostas de arrecadação como a taxação de apostas e aplicações financeiras, com uma alíquota de 5% de Imposto de Renda. Em contrapartida, esperam que o governo inicie a liberação de emendas parlamentares de comissão, cuja execução não é obrigatória. Motta, por sua vez, descartou a ideia de incorporar essas medidas ao texto que propõe isenção do IR para rendimentos de até R$ 5 mil, relatoria do ex-presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL).